A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência estimando-se que em Portugal existam cerca de 182.000 pessoas com demência, das quais 130.000 representam a doença de Alzheimer. Esta doença manifesta-se por um declínio progressivo das funções cognitivas e consequentemente leva muitas vezes a alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa. Estes indivíduos, à medida que a doença avança, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, acabando por necessitar de cuidados ao nível das atividades de vida diárias, como a higiene pessoal, a alimentação, o vestuário, entre outros.
Actualmente ainda não existe nenhuma intervenção médica que possa prevenir a doença de Alzheimer, pensa-se, porém, que um efeito protector possa advir da melhoria dos estilos de vida, entre os quais se encontra a alimentação. Para além de as pessoas com doença de Alzheimer serem doentes com maior risco de desnutrição proteico-energética, também os seus níveis e aporte de micronutrientes e ácidos gordos essenciais podem estar comprometidos ao longo da progressão da doença. De um modo geral, os doentes com Alzheimer apresentam deficiências em vários nutrientes, incluindo selénio, fibra, ferro e vitaminas do complexo B, C, K e E.
Quando a doença de Alzheimer já se encontra instalada a suplementação parece, por si só, não melhorar o estado mental e cognitivo dos doentes como parece acontecer com o fornecimento de alimentos e fórmulas que contêm vários nutrientes nas suas formas naturais. O padrão alimentar variado da dieta Mediterrânea poderá ser uma benéfica opção para esta concretização pois a sua adesão parece estar associada a uma menor mortalidade. Assim, tendo em consideração que os défices nutricionais, nomeadamente de vitaminas A, C, E, D, K, ácido fólico, B12, B6, selénio, e ácidos gordos ómega 3 são frequentes nos doentes com Alzheimer, é de extrema importância tentar assegurar o aporte das doses diárias recomendadas destes nutrientes através da alimentação, devendo-se corrigir sempre que se sejam detectados défices nutricionais.
Fonte: DGS – Direção Geral da Saúde
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